Shonen Jump+: O Império Digital dos Mangás em Festa

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Shonen Jump+: O Império Digital dos Mangás em Festa e Você Vai Sentir Isso na Pele



Se você acha que já viu exposição de mangá demais, prepare-se. O Japão resolveu dar uma voadora nos seus sentidos e erguer um templo de tinta digital para celebrar os 10 anos da Shonen Jump+. Não é só uma mostra. É um delírio editorial com mais de 370 títulos se espremendo em salas temáticas, cores neon e atmosferas que fazem a San Diego Comic-Con parecer uma convenção de papelarias. E mesmo estando a milhares de quilômetros, do lado de cá do mundo, eu juro: dá pra sentir o cheiro de mangá novo queimando no ar.

A entrada já é um tapa na cara da mesmice. Os personagens mais famosos da plataforma surgem vestidos de gala, como se a Tokyo Tower fosse o tapete vermelho de Cannes. Anya, Loid, Kafka... todos ali, com olhos que brilham como LEDs de festival de verão, prontos pra te puxar pro abismo colorido das histórias que mudaram a forma de publicar no Japão. A exposição ocupa o Roppongi Museum e parece ter sido desenhada por um cérebro em combustão criativa.

As zonas da exposição são uma viagem: no Special Theater, os trailers pulsam em ritmo de música eletrônica; já o Jump+ Road é como entrar num mangá em primeira pessoa, você caminha, tropeça, respira, quase grita dentro dos cenários. E o melhor: você não precisa de VR nem de algo ilegal para sentir isso.

O canto de SPY×FAMILY é quase um set de filmagem. A sala da Eden Academy parece feita pra confundir a realidade. Você espera ouvir o sinal do recreio e dar de cara com a Anya pedindo amendoim. Loid e Yor estão por ali, em tamanho real, encarando os visitantes como se soubessem de algo que você não sabe. Já no espaço de Kaiju No. 8, o laboratório onde Kafka vira monstro é tão realista que até o cheiro de destruição parece programado. Dá vontade de virar Kaiju também só pra escapar do tédio da vida comum.

Mas nem tudo é grito e nostalgia. O evento também expõe as entranhas do processo criativo, com um painel editorial que mostra como essas obras ganham vida. É como espiar os bastidores de um culto, só que com storyboards. Há ainda previews de futuros lançamentos, uma provocação direta aos leitores que vivem no F5 esperando o próximo hit viral.


Agora, aqui vem o detalhe que virou bafafá nas redes sociais japonesas: alguns nomes famosos foram deixados de fora. Chainsaw Man, Oshi no Ko e alguns outros rostos conhecidos ficaram do lado de fora da festa. Explicações? Segundo o site oficial, foi uma decisão editorial. E cá entre nós, talvez esses personagens tenham histórias demais dentro da cabeça para se prender a um único salão.


Pra fechar, tem lojinha oficial (óbvio). Uma caverna do tesouro para quem curte gastar como um colecionador febril: pôsteres, bottons, canecas, camisetas e até QR codes com brindes digitais que parecem saídos de um jogo do PlayStation 5. A exposição vai até 18 de maio de 2025, e mesmo sem ir ao Japão, a sensação é de que a gente foi abduzido junto com cada página dessas histórias.


O que a Shonen Jump+ fez aqui não é só uma homenagem. É uma declaração de guerra ao tédio da vida offline. É uma overdose de cultura pop feita com sangue, suor, códigos HTML e paixão pelas histórias que nos salvam diariamente da mediocridade.


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